20 de set. de 2010

Em BH sob o signo da letra A

Abriu-se a roda. Ledor, leitor e leituras. Soltou-se o abecedário num anseio de abarcar, abraçar essa arte que é a literatura. A atmosfera transcendia afetuosidade e alegria. Desse jeito dá para fazer bonito e ao narrar e ler histórias, acolher o outro com palavras amáveis, que acarinham, acalmam e acalentam. Havia abertura para assimilar novos olhares, aglutinar conhecimento, viver a alteridade sugerida pelo texto ficcional e ampliar o horizonte pessoal através daquilo que um bom livro nos apresenta.

Abracadabra... no instante seguinte tudo aquilo virava arte, ainda que sob uma abordagem educacional (pois predicava-se, elaborava-se conceitos, apresentava-se saberes formais, aclarava-se os informais, transformava-se conhecimento em sabedoria), afinal arte, educação, cultura são apenas fios de um mesmo tecido prenhe de sentidos, ao qual se batizou linguagem.

Tudo isso acompanhado pela atenção de um povo abençoado, que acaricia e aconchega. Aceitação e admiração. Alguém diz, é porque você é apaixonada pelo que faz. Como não ser, se a história acende faíscas de compreensão dentro de mim? Isso é o que doo aos que estão à minha volta e quando se trilha caminhos com alma, só pode-se agradecer a vida por tantos presentes. E ser grata aos acompanhantes de todas as horas, as matolinhas de biscoito de mandioca, a letra A de chocolate que surgiu na xícara de café, a paçoca com a marca Amor. Agradeço ao convite da Diretoria de Literatura e da amável equipe da BPIJBH e cada um de vocês que esteve comigo.

Diante dessas impressões, só posso afirmar que BH se fez sob o imaginário da letra A.


 

2 comentários:

  1. "A" a primeira letra, o primeiro contato, o primeiro instante, a primeira vez do... Era uma Vez...obrigada por você ter sido esta significancia em nossas vidas e em nosso instante do dia-dia..!Rosana Ferreia de Belo Horizonte de Minas Gerais.

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  2. Foram mágicos e inesquecíveis aqueles dois dias BPIJBH. Foi uma manipulação divina eu ter participado daquele encontro, pois a conjuntura que me levou até lá é simplesmente incrível. Sempre mergulhei nas histórias e as considero de uma grandeza, riqueza, beleza e encanto ímpares. Meu grande sonho é não mais apenas ficar fascinada por ouvi-las ou pela arte de contá-las, mas aprender a encantar.
    Ah,sou Cleide, de azul q contou a fábula do "coelho esperto q conquistou seu boi perguntando ao dono se tinha pinta aqui cada vez q precisava disfarçar a coceira do pé de urtiga".
    Obrigada por tudo Cléo! E aos demais também!
    Bjão!

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Oralidade na primeira infância

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