24 de jan. de 2018
15 de jan. de 2018
5 de jan. de 2018
Renascer
Minha gata me acordou cedo, 4h30. Disse, hora de renascer, abra os olhos, o mundo aqui de fora lhe espera. Miau... miau... miau. Despertei e me abracei. Tão cedo! Por que alguém resolve nascer a essa hora? Tão mais fácil nascer às 9h, 15h, 18h10. Quatro e meia da manhã, veja só! Está bem. Vamos despertar meu sol interior e receber as boas energias dessa data, afinal não é todo dia que se nasce de novo.
Sempre considerei que o ano novo começa no dia do aniversário. Não tem folhinha que me convença do 1º de janeiro. Para a astrologia, o ano começa no dia 21 de março. Para os chineses, no início da primavera, janeiro ou fevereiro, não tem dia fixo. Muito mais coerente, afinal a primavera é o tempo do recomeço.
Dia de aniversário é isso, tempo dos fins e dos começos. Foi o que aconteceu dia 19. Limpei a casa de fora, limpei a casa de dentro, e me preparei para a virada de ciclo. Revi o que aprendi e o que insisti em não enxergar. Um aprendizado de grande valia é saber agradecer. E sou grata pelo ano, ele me proporcionou bons presentes.
Caí e levantei. Machuquei-me, mas também soube curar as feridas do meu coração. Emagreci os quilos a mais que entalavam na garganta. Amei e fui amada. Celebrei 365 dias de surpresas e bem-aventurança. Olhei para mim com mais atenção e carinho. Exerci a delicadeza e a flexibilidade. Revirei do avesso e curei minhas dores com afeto e chá quente. Soube aceitar a mão estendida, quando titubeei perante a vida.Andei no sol e mergulhei no mar. Senti o frio roçar meu rosto no alto das montanhas.
Dancei em noite de lua. Meditei. Orei. E ri, e ri, e ri.
Também chorei e soube me acalentar para acalmar. Olhei para as armadilhas, que me mantinham num estado de desânimo e desalento, e disse para elas que tinha coisa melhor a fazer. Fui corajosa. Olhei de frente para o escuro e trouxe de volta a beleza que eu havia perdido por lá. Encontrei-me e gostei do que vi. Amei a mim mesma e reafirmei que a pessoa mais importante para mim sou eu.
Sempre considerei que o ano novo começa no dia do aniversário. Não tem folhinha que me convença do 1º de janeiro. Para a astrologia, o ano começa no dia 21 de março. Para os chineses, no início da primavera, janeiro ou fevereiro, não tem dia fixo. Muito mais coerente, afinal a primavera é o tempo do recomeço.
Dia de aniversário é isso, tempo dos fins e dos começos. Foi o que aconteceu dia 19. Limpei a casa de fora, limpei a casa de dentro, e me preparei para a virada de ciclo. Revi o que aprendi e o que insisti em não enxergar. Um aprendizado de grande valia é saber agradecer. E sou grata pelo ano, ele me proporcionou bons presentes.
Caí e levantei. Machuquei-me, mas também soube curar as feridas do meu coração. Emagreci os quilos a mais que entalavam na garganta. Amei e fui amada. Celebrei 365 dias de surpresas e bem-aventurança. Olhei para mim com mais atenção e carinho. Exerci a delicadeza e a flexibilidade. Revirei do avesso e curei minhas dores com afeto e chá quente. Soube aceitar a mão estendida, quando titubeei perante a vida.Andei no sol e mergulhei no mar. Senti o frio roçar meu rosto no alto das montanhas.
Dancei em noite de lua. Meditei. Orei. E ri, e ri, e ri.
Também chorei e soube me acalentar para acalmar. Olhei para as armadilhas, que me mantinham num estado de desânimo e desalento, e disse para elas que tinha coisa melhor a fazer. Fui corajosa. Olhei de frente para o escuro e trouxe de volta a beleza que eu havia perdido por lá. Encontrei-me e gostei do que vi. Amei a mim mesma e reafirmei que a pessoa mais importante para mim sou eu.
Estou viva outra vez.
(A Fofa do Terceiro Andar, Galera Record, 2015)
(A Fofa do Terceiro Andar, Galera Record, 2015)
1 de jan. de 2018
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