Hoje foi dia de Histórias para reencantar o mundo, 2. Combinamos
o encontro no Passeio Público, de Curitiba, às 11hs. Para nossa surpresa, minha
e de Marilza Conceição, só estávamos nós duas. Não desistimos. Tocamos a ideia
em frente.
Quando Marilza chegou, começamos a circular pelo Passeio. Como
reflexão sobre o encontro anterior, percebemos que as pessoas não vão até lá
para ouvir histórias. Talvez por isso a relutância em parar. Elas vão por outros motivos: passear, fazer
feira, ver os pássaros, brincar no playground, namorar nos bancos, tomar
sol. Não existe tradição de contação de
histórias no Passeio. E nem é este nosso objetivo.
Então, decidimos que nós iríamos até elas. Funcionou. Abordamos
as pessoas e perguntamos se elas gostariam de ouvir uma história. Aceitam de
bom grado.
Contei a primeira história, ainda sozinha, às 11h12, para um
pai e seus dois filhos. Um jovenzinho de treze ou quatorze anos, e
outro menor, talvez nove ou dez, que lutava para manter no ar seu balão helicóptero.
Iniciei a aproximação me apresentando e mostrei livro Paiquerê, o paraíso dos Kaingang (aliás, eles tinham cara de
Kaingang). Expliquei rapidamente o projeto, fiz questão de dizer que não estava
vendendo nada, apenas oferecendo uma historia para eles. Ouviram em pé, inicialmente
um pouco relutantes, mas à medida que a história ia acontecendo, eu sentia que
eles relaxavam.
No final, ao mostrar as ilustrações do livro para eles, o
menor disse, bonita esta história, eu
nunca mais vou se esquecer disto.
O próximo encontro será dia 7 de setembro. Esperamos a
adesão dos contadores para esta ação breve e intensa. Uma hora circulando no
Passeio e mil histórias pra se ouvir.