28 de ago. de 2010

Pais e filhos na escola

Falar sobre literatura para crianças e jovens e a presença das histórias na formação do ser humano.
Esse foi o tema do encontro com os alunos e seus pais nos dias 26 e 27 de setembro,
no CTAM, em Santo Antonioda Platina - PR.

abrindo o dia... plinnn!!
 Pequenos detalhes fazem a diferença e revelam a alma da escola. O mural na entrada, o cantinho da leitura, as flores, a toalha e o tapete, o sorriso e a gentileza da equipe.
O jovem músico tocando seu instrumento no recreio.


Grande e pequenos.  Presentificação do momento. Educação também se faz com princípios e modelos.

  

Os pais carregando o melhor presente que podem dar aos seus filhos - livros de literatura!
Criança que é alimentada com fantasia, desde pequenina, se torna um adulto mais feliz. Boas histórias promovem o amadurecimento emocional. Assim é possível dar conta da dimensão do prático e racional e com isso, reconhecer e vivenciar o simbólico e o mistério que atravessa a vida.

Com Samuel, o protagonista de uma história especial, que será narrada em outra ocasião e parte da equipe.


Estes escolheram Pedro e o Cruzeiro do Sul  e Dorminhoco...


Esses, O florista e a gata ...


Platéia dos pais, calor, noite de lua cheia, sensiblidade e afeto no ar.


Obrigada Tia Ana Maria.

Obrigada.

23 de ago. de 2010

As histórias e a sensação de pertencimento

Sabe quando a gente tem a sensação de pertencer a algo maior, como se aquilo que estivesse vivenciando fizesse parte de um movimento que transcende o visível, perpassa o cotidiano e nos aproxima dos mistérios da vida? Pois é. Determinadas coisas nos levam a essa experiência única, que por um instante nos arranca de uma existência autocentrada e nos transporta para uma dimensão meio mágica, meio irreal no sentido de tangível, mas ainda assim profundamente verdadeira.

Algumas histórias têm esse poder de transpassar os limites do nosso mundo pessoal fundado em dores e alegrias e nos introduzir na universalidade das vivências e dos sentimentos humanos. Por meio delas descobrimos que amor e ódio, angústia e contentamento, sacrifício e coragem, crueldade e compaixão não são privilégios de uma época ou cultura, nem benção tampouco maldição. Elas nos recordam que a busca por uma vida de paz, livre de conflitos e sofrimentos não é prerrogativa de uns poucos, mas se estende à condição humana.

Essas histórias existem e são necessárias para a nossa integridade emocional e espiritual, por que trazem a percepção de pertencimento, onde nos damos conta que não somos os únicos a ser afetado pelas coisas do mundo. Essa clareza nos devolve o centro e redimensiona o sentido da existência. Eis uma das funções da boa literatura. É a linguagem simbólica que chega à alma do leitor.


http://www.cleobusatto.com.br/palavras

18 de ago. de 2010

O florista e a gata na livraria NoveSete

Frio em São Paulo. Na NoveSete a gente se esquentou com histórias e afetos.
A Marcia Brito chegou com a Cocada. Amor explícito no primeiro pulo.


A fala de uma mãe (um presente para o artista). 
Ela:  dá vontade de ler todos os seus livros.
Eu: vou adorar!
Ela: quando o autor apresenta fica diferente.

Sim! Apresentar a obra para o leitor faz parte da profissão.


Estimula a criança a ler.


Avó-leitora escolhendo o melhor presente para seus netos: fantasia.


Produção da oficina: personagens da história com construções no lápis - Lidia, Tom e a Gata Lidia


Marcia e suas criações.


Não disse que a tarde se esquentou de afetos?
Ainda teve a presença carinhosa de amigos e da Gislene da livraria, as duas, gracinhas.

Obrigada leitores, Biruta e NoveSete.

11 de ago. de 2010

E na Bienal, da escrita à oralidade digital

Dia 16 de agosto estarei na Bienal. Vou falar sobre a escrita e a oralidade digital, às 13 horas.A apresentação acontece no estande da CBL e o evento faz parte das programações da AEILIJ-SP.
Abordarei a produção da narração oral de histórias no meio digital e a conexão com o texto escrito.
A ideia compartilhar com o ouvinte a reflexão sobre a qualidade do texto literário que é solicitado nesse formato e por onde a oralidade - a palavra falada, se funde com a palavra escrita.

A 21ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo terá início no dia 12 de agosto e encerra as atividades no dia 22, no Anhembi.

8 de ago. de 2010

Entardecer

o céu da Patagônia carregado de sombra e luz
A cidade se veste de chuva.
O gato se enrola no cesto.
Passarinho no ninho.
Água quente me acolhe,
lava o corpo, aquece a alma.
Eu me visto de luz.

Com vontade de abraço,
salto nos braços do tempo,
me lanço, entrego, me entrego,
desfaço atos, vou.

Me doo ao mistério.
Ouço o espaço sagrado, pergunto,
o que deseja, tresloucado coração?
o que te põe ofegante, tremulo e tonto?
Inspira o sopro de Eros, 
carregue-se de vida infla, voa, vai.                                                               

4 de ago. de 2010

Dona Cotinha, Tom e Gato Joca


Amigos,

por uma bagatela de R$ 6,90 você leva para casa essa edição especial da revista Escola - Contos - uma seleção de 27 textos para ler com crianças e adolescentes.
Não é o máximo? Tem poema da Tatiana (querida) Belinky; o Ricardo Azevedo; a Januária Alves, que não vejo há séculos; Flávio Carneiro; um poema lindo da Roseana Murray - como eu gosto do que ela escreve! Moacyr Scliar, e um artigo do Ceccantini falando sobre o sentidos do texto e outros escritores talentosos. 
Nem li a revista ainda, apenas passei os olhos e já resolvi compartilhar a notícia com vocês e deixá-los em companhia da dona Cotinha, do Tom e do delicioso Gato Joca. Gosto dele, viu?
É a revista Escola nesse movimento saudável de fazer do Brasil um país de leitores.



     "Em frente a minha casa tem outra casa, pequena, de madeira, azul com janelas brancas. Está no final de um terreno enorme com muitas árvores. Para mim aquilo é o que chamam de floresta.
Tom diz que é um quintal. Ali mora dona Cotinha, uma velhinha que tem cabelo lilás e dirige um fusquinha vermelho. Esse passou a ser meu esconderijo. Dona Cotinha sempre aparece com um prato de comida.
Diz:
    - Vem, gatinho. Olha só o que eu trouxe para você.
    Sou premiado com sardinha fresca, atum, macarrão. Tenho engordado além da conta. Dia desses estava tomando sol, quando ouvi o Tom me chamar. O danado sentiu meu cheiro e descobriu meu segredo. Ele estava no portão, quando chegou dona Cotinha, no seu fusquinha.
   - Bom dia, menino. - disse ela. Já que está em frente à minha casa, faça uma gentileza e abra o portão.
   Tom obedeceu. Dona Cotinha afagou a minha cabeça e perguntou:
   - Este gatinho é seu?
   - Sim, senhora.
   - Ele é muito educado.
   - Obrigado. - disse eu, na minha voz de gato.
   - No primeiro dia que o vi por aqui, ele entrou na casa e cheirou tudo. Agora, sempre deixo uma comidinha para ele!
  - Ah! Mas o Joca não come comida de gente, não senhora. Só come ração. - disse o Tom.
  - Come sim, meu filho. Come de tudo.
  Dona Cotinha acabava de denunciar a minha gula e o aumento de peso. Continuou:
  - Passe aqui no final da tarde. Faço um bolo de fubá com cobertura de chocolate que é de dar água na boca.
  Com água na boca fiquei eu. Naquela tarde voltamos à casa de dona Cotinha. Ela foi logo mostrando pro Tom uma coleção de carrinhos antigos. Era do seu filho, que morreu bem pequeno. Depois nos levou para uma sala repleta de livros. Tom ficou de boca aberta e perguntou:
  - A senhora já leu todos esses livros?
  - Praticamente todos. Ler foi minha diversão, meu bom vício. Infelizmente meus olhos não ajudam mais. Essa pilha que você está vendo aqui ainda nem foi tocada.
  Tom começou a ler em voz alta e sua voz encheu a sala de seres fantásticos. O tempo parou.
  Desse dia em diante, à tardinha, eu e Tom tínhamos uma missão. Abrir os livros de dona Cotinha e deixar os personagens passearem pela casa mágica, no meio da floresta da cidade de pedra."

1 de ago. de 2010

Encontros com pequenos (e grandes) leitores.

Detalhes que fazem a diferença.

A vitrine da Bisbilhoteca montada pela Marcele com os origamis da Rosilene.

As caretas lindas do Ian.


Henrique dá uma pausa para o abraço.


Julia buscando as palavras para eu escrever no livro.
A brincadeira era "Para a Julia com carinho... e o que mais, me ajuda a escrever essa dedicatória?


Gabriel e a coerência (infantil) da tarde. Ele levou um livro para sua amiga Sofia.
Sua mãe perguntou "Sofia é f ou ph"? Resposta sem vacilar "é com S".
Caramba, Eleonora, adulto complica tudo!

A delicadeza da Rosilene nos ensinando a transformar papel em gato.


Apresentando O florista e a gata.

                               Plaquinha na porta "lotado".                                    
                           

Oralidade na primeira infância

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