9 de jul. de 2011

Jardim de Monet

Estive em férias por alguns dias, ainda que  não fosse o período mais apropriado para me ausentar. Preferi mantê-las, porque elas estavam marcadas há meses e também, porque tenho me proposto a fazer acontecer esses intervalos de pausa, mesmo que seja durante períodos tumultuados. Olhar de fora esses momentos é um privilégio.
Decidi visitar o espaço onde Monet morou e criou sua obra. Com um entorno tão favorável a criação devia fluir harmonicamente. Os jardins de Monet são um modelo de diversidade. Tudo se mescla, cores, formas e perfumes. Eles foram construídos, pensados, traçados, mas as flores se misturam tão espontaneamente, que se chega a pensar que nasceram e cresceram sem a intervenção humana. As espécies interagem e se aceitam como são, algumas mais feias, outras mais bonitas. Da mais comum a mais sofisticada, elas mantêm sua personalidade.
Penso nas relações humanas e na dificuldade que temos de aceitar o feio, o torto, aquilo que segundo nossos critérios, não combina com as nossas boas qualidades. Rejeitamos o que não está completo, o que se choca com os padrões de bom comportamento. Aceitamos o que foi convencionado como desejável socialmente e nos inflamos de teorias para justificar e julgar o que não é do nosso agrado.
No jardim de Monet encontro o tom da reflexão. As flores tortas e já despetaladas também têm espaço por lá.

4 comentários:

  1. Olá Cléo, gostei bastante do seu espaço e de suas palavras. O jardim de Monet é perfeito, assim como as flores que lá estão, se existe algum defeito ou falta de primor, este só o está nos olhos de quem vê. Parabéns pelo blog. Estarei te acompanhado.

    Abraços Marco

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  2. Sim, Marcos,os jardins estão por aí, basta que a gente os veja, e com bons olhos, claro, abraço, Cléo.

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  3. Maravilhosa sua escolha! Lugar encantador como suas palavras! Parabéns!
    Eliziane

    www.genuinoblogdaeli.blogspot.com

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