11 de jan. de 2013

Anjos e o espaço cibernético



Se eu estava em dúvida sobre o tema do primeiro boletim de 2013, já não estou. Ao olhar minha linha do tempo do Facebook, encontrei centenas de mensagens me desejando feliz aniversário. Sou de 5 de janeiro. Diz a angeologia que os nascidos nesse dia são anjos da humanidade. As outras datas são 19/03, 31/05, 12/08 e 24/10. Quem nasce no dia 5 é orientado pela energia do verbo, da linguagem (será que vem daqui minha identificação com a palavra?).

Helena Blavatsky diz que estes seres são “pilares de luz, princípio divino instalado na forma humana” e no Dicionário de Símbolos, do Gheerbrant e Chevalier, anjos são definidos como “seres intermediários entre Deus e o mundo, espíritos dotados de um corpo etéreo”. Ufa, que responsabilidade ser anjo... rsrsr. Melhor que anjo da humanidade, só sendo anjo do Wim Wenders.

Anjos à parte, que coisa bacana esse Facebook e a aproximação que as redes sociais nos proporcionam. Recebi bons votos vindos de pessoas queridas, algumas que não veja há tempo, outras que pouco conheço, e muitas que nem mesmo conheço, mas todas partilhando esse momento comigo. A internet nos aproxima e, ainda que virtualmente, eu recebo essas intenções e sou tocada por elas.

Sei e sinto que existe uma dimensão da realidade, destituída de materialidade, de onde vêm estas formas-pensamento. Elas me afetam e provocam um nível de percepção diferente, pouco vivido, mas aceito à medida que reconheço a realidade como múltipla e complexa, assim como os níveis de compreensão provocados por elas. Intuo que um novo tempo se apresenta e nele ficaremos mais atentos a essa abordagem sutil, invisível aos olhos, porém tão real quanto aquilo que vejo e toco.

Ainda que nossa razão se mova pelo campo do misoneísmo é importante considerar que tudo isso pode ter a ver com o “imaginário quântico, o imaginário sem imagens”, do Basarab Nicolescu, onde se deduz que realidade engloba sujeito (aquele que observa), objeto (aquilo que é observado), e sagrado (aquilo que unifica a experiência); e o dito por Mircea Eliade, de que “o sagrado é a origem da consciência de existir no mundo”.

O espaço informático vem ao encontro desse jeito novo de coabitar o mundo e que transcende tudo o que já vivemos. Esse instante da história do homem nos lança numa realidade, onde a ciência e a consciência individual coexistem para criar um novo tempo. Então, meus amigos virtuais, obrigada pelos mimos. Eles me fortalecem e me animam a criar textos, como este que acabo de escrever e que agora lhes ofereço.

Um comentário:

A fofa do terceiro andar

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