30 de set. de 2013

Paisagens da mente

 
huichol_maria de jesus hernandez rivera de la cruz
   Dois eventos unidos pela sintonia fina da sincronicidade animaram o meu espírito nos últimos tempos: o primeiro, o encontro com a homeostase quântica da essência, através da fala sensível do professor Sergio Ceccato. O segundo, o encontro amoroso com o Lama Padma Santen e o seu budismo, como consciência da mente.
  Os dois fazem do seu corpo veículo de experimentações para transformações das suas vidas e esta prática transparece nas suas teorias. Ambos indicam caminhos para que as pessoas possam se livrar dos sofrimentos e viver de forma harmônica e feliz.
  Para estudar o nível quântico e aplicá-lo no dia a dia, o primeiro se vale dos experimentos mentais, com observação dos dados baseados na física quântica. O segundo lança seu olhar para as relações humanas, e nos indica como a lucidez e o uso correto da energia nos proporciona paz interna.
  Em comum, os dois apontam para uma mudança de paradigmas, resultado dos múltiplos olhares que podemos lançar para o mundo, onde a neuroplasticidade, esta capacidade do cérebro de se reinventar o tempo todo, é a personagem central, sugerindo infinitas possibilidades. Em comum, apontam para a consciência não-local, a dimensão do mítico-simbólico da Transdisciplinaridade.Em comum, abrem o caminho para a dimensão do mistério, onde repousa o nosso olhar.
  Mais uma vez a metáfora entra em cena indicando que temos o poder de construir paisagens mentais e torná-las reais. Nós somos quânticos e não sabemos ou não acreditamos que somos. Os eventos dizem isto. E uma paisagem  se forma na minha mente e gera ressonância na minha alma: nós, criando nossa realidade, a cada pensamento e sentimento que geramos, a cada texto que pronunciamos. 
  E, se queremos ser livres e eliminar a avidia (aprendi com o Lama, que avidia significa cegueira, estar preso a uma visão única e acabada de mundo) é bom que se aprenda a silenciar.
 Ao silenciar a mente, ela volta ao seu estado original. E, com esta lucidez determinamos como queremos estar. Não mais os sentimentos no comando, nos jogando pra lá e pra cá, provocando toda espécie de afetos negativos. Com a mente quieta conseguimos enxergar e dialogar com outras realidades, e construir um mundo melhor para nós e para os outros. 

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