eu pergunto, no final da oficina:
- E então? Como foi brincar com o jogo? O que vocês descobriram? O que ainda não conheciam?
- E então? Como foi brincar com o jogo? O que vocês descobriram? O que ainda não conheciam?
Logo vem a resposta na fala de uma garota, que fez um esforço danado pra sair do primeiro cenário, por um caminho que lhe pegava na pergunta "onde morava o povo maia?"
- Ah! Foi muito divertido. Eu fiquei sabendo daquele ... (ela pensa, se vira pra cá, se vira pra lá, talvez para achar onde perdeu o nome da descoberta) ah! dos maia, né? Eu pensava que eles moravam na África... aí eu errei e comecei de novo. E veio de novo, a mesma pergunta.... eu fui na ajuda e ouvi que eles moravam ... como é mesmo? América Central, né? Tem também aquela, acho que é Kali... que é do Japão...
- Não - diz outra menina. Ela é da Índia.
- Dá pra aprender jogando?, questiono.
- Dá pra aprender jogando?, questiono.
- Dá, respondem em coro.
As crianças revelaram saber da existência de outros monstros além daqueles apresentados pela televisão. Na conversa inicial surgiu o lobisomen e a mula-sem-cabeça. Quando falei do basilisco, um menino lembrou dele ao se referir ao livro Harry Potter. Criança leitora. Sem mesmo saber o significado de intertextualidade, ela se apropriou desse conceito, que implica em conhecimento do mundo.
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